É uma infecção viral relativamente comum e causada por um Poxvírus que acomete principalmente crianças de 2 a 5 anos. Apesar de benigna e não grave, como o próprio nome já diz, é altamente contagiosa.
A transmissão ocorre principalmente pelo contato direto, ou seja, pelo contato físico interpessoal, mas também pode ser transmitido por meio de brinquedos, roupas ou objetos. Com muita facilidade elas se espalham pelo corpo do próprio paciente assim como para crianças ao redor ou do convívio. Ambientes que envolvam aglomeração infantil como creches, escolas e recreações são lugares com alto risco de contaminação.
Clinicamente se apresentam como pequenas bolinhas cor da pele, vermelhas ou esbranquiçadas e que podem variar de tamanho. Muitas vezes são confundidas com pequenas verrugas.
Em pessoas saudáveis podem sumir espontaneamente após meses, sem que seja feito uma terapia direcionada. Entretanto, é comum que um tratamento seja indicado para todos os casos devido ao alto risco de disseminação. As opções terapêuticas são curetagem, raspagem, cauterização, crioterapia, aplicação de ácidos e remoção manual.
Piolhos
A pediculose, ou o famoso piolho, é uma doença parasitária causada por agentes que vivem e se reproduzem na superfície da pele e dos pelos. Em crianças acomete preferencialmente a cabeça, sendo mais comum em meninas de cabelos longos. Clinicamente se apresentam como uma coceira intensa do couro cabeludo que pode até provocar pequenos ferimentos na cabeça, atrás das orelhas e na nuca.
O diagnóstico é confirmado pela presença de lêndeas ou piolhos no couro cabeludo. As lêndeas são mais comuns e mais fáceis de achar e representam os ovos dos piolhos. Elas ficam agarradas aos fios dos cabelos, sendo necessária uma tração para remoção. Já o piolho é o parasita na forma “adulta” e pelo fato de se movimentar no couro cabeludo é mais difícil de ser encontrado.
A transmissão é fácil e se dá por meio do contato direto da criança com o piolho. Ambientes que envolvam aglomeração infantil como creches, escolas e recreações são lugares com alto risco de contaminação.
O tratamento é feito com o uso de medicamentos tópicos e orais. Medidas em casa e o não compartilhamento de objetos também é importante. É fundamental o tratamento dos familiares ou comunicantes do doente. Raramente é necessário o corte de cabelos de crianças acometidas.
Dermatite da fralda
A dermatite da fralda é uma inflamação da pele que ocorre devido ao contato com urina ou fezes do próprio bebê. É a dermatose mais comum em crianças menores de dois anos, idade que utilizam mais fraldas.
Clinicamente se apresenta como uma pele vermelha, irritada, friável, com ou sem calor local. O bebê se mostra mais irritado ao longo do dia, ficando mais desconfortável, inconsolável, irritado e choroso principalmente no momento em que é feita a lavagem da área. O quadro é frequentemente agravado pelo uso errado de pomadas, sabões, óleos e uso de lenços umedecidos. É comum a infecção secundária por fungos, sendo o principal a cândida, e por bactérias. Tal infecção gera uma piora dos sintomas, ulcerações, e a manutenção do quadro.
O diagnóstico é feito com base em seus sinais e sintomas. Entretanto, é essencial uma investigação para excluir outras doenças e ser feito um diagnóstico preciso, uma vez que várias outras dermatoses podem estar envolvidas.
O tratamento é feito pelo Dermatologista que deve orientar sobre higiene, cuidados locais, pomadas preventivas de assaduras, uso de fraldas e, se diagnosticada a infecção secundária por fungos ou bactérias, um tratamento direcionado deve ser feito.
Dermatite atópica
A dermatite atópica é uma doença crônica, inflamatória, genética e que afeta pacientes desde os 4 meses de idade até a fase adulta. Não é contagiosa, então pode-se tocar as lesões à vontade porque não há nenhum risco de transmissão.
É muito comum a associação com doenças respiratórias, rinite alérgica, bronquite, bebê chiador e asma, porém, com manifestação clínica variável.
Clinicamente surge nas crianças a partir dos 4 meses de idade como lesões avermelhadas, sensíveis, com descamação, crostas e coceiras, acometendo principalmente o rosto, sendo a localização mais comum em bochechas. Dos 2 anos até a adolescência, a dermatite atópica se manifesta como uma pele muito seca com prurido importante que leva a ferimentos, áreas esfoladas, alterações na cor, vermelhidão ou inflamação sendo a área de dobras de pernas (atrás dos joelhos), braços e pescoço as localizações mais frequentes. Já na fase adulta, pode acometer qualquer parte do corpo. O quadro é crônico e evolui com surtos de melhora e piora.
O diagnóstico da dermatite atópica deve ser feito pelo Dermatologista para evitar tratamentos equivocados. O objetivo do tratamento da dermatite atópica visa o controle da coceira, a redução da inflamação da pele e a prevenção das recorrências.
O tratamento é feito com uso de pomadas e cremes à base de corticoides e orientação sobre o uso correto de hidratantes, sabonetes, rotina de higiene, alimentação, uso de roupas e cuidados da pele. O acompanhamento desses pacientes é extremamente importante pois dessa forma é possível identificar o fator causal de crises, diminuir o tempo de duração, controlar crises agudas e devolver à criança uma vida saudável e normal.
Hemangioma
O hemangioma infantil é o tumor benigno mais comum da infância. São mais comuns em meninas, prematuros, crianças com baixo peso ao nascimento e em mães que foram submetidas a algum exame invasivo durante a gravidez (biópsia de placenta, aspiração de líquido amniótico).
Clinicamente se apresentam como lesões únicas ou múltiplas, localizadas em face, corpo ou couro cabeludo, de cor vermelho-morango ou vermelho-azulado/violáceo. Raramente podem estar presentes ao nascimento mas praticamente todos os hemangiomas se tornam visíveis até o final do primeiro ano.
De uma forma geral regridem espontaneamente ao longo da vida mas todos os casos devem ser avaliados individualmente. Se necessário deve ser iniciado um tratamento precoce visto que nos primeiros 4 meses de vida os hemangiomas possuem um crescimento rápido atingindo até 80% do seu volume total se não tratado.
Verrugas
Verrugas são proliferações benignas da pele e que possuem uma origem viral – o chamado papilomavírus humano (HPV). O vírus acomete camadas mais superficiais da pele, ativando um crescimento anormal das células, o que dá o aspecto de “grosso” e elevado.
A transmissão do HPV ocorre por contato direto com pessoas e/ou objetos contaminados. Mas para a penetração do vírus no organismo é necessário que se tenha pequenas feridas ou micro aberturas da pele, motivo pelo qual as verrugas são muito mais comuns em áreas de traumas (mãos, dedos, joelhos, cotovelos). A auto inoculação é uma meio de transmissão também muito comum, onde o próprio paciente dissemina as lesões nele mesmo. Outras formas de transmissão são via sexual e via materno-fetal no momento do parto.
Clinicamente se apresentam mais comumente como lesões elevadas, ásperas, cor da pele ou com pontinhos pretos, vegetantes (aspecto de couve-flor) mas também podem ser planas, macias e escuras. Podem sangrar ou doer de acordo com localização ou com o trauma.
O tratamento é feito pelo Dermatologista em consultório. Apesar de a verruga viral poder se resolver espontaneamente, principalmente em crianças, seu tratamento precoce é indicado devido ao risco de disseminação, com multiplicação do número de lesões em pouco tempo. Já em adultos, as chances de resolução espontânea são baixas, sendo quase sempre indicado o tratamento.
Há várias modalidades terapêuticas, podendo ser utilizado medicamentos tópicos, ácidos, cremes ou até mesmo procedimentos cirúrgicos para remoção. A indicação depende da idade do paciente, localização e tamanho da verruga.
Atualmente, como forma de prevenção da infecção do HPV em genitálias temos as vacinas contra o HPV, reduzindo o risco de evolução para o câncer genital. É indicada para meninas, a partir dos 9 anos, e meninos, de 12 e 13 anos. Por ser uma vacina preventiva, deve ser aplicada preferencialmente antes do início da vida sexual e está disponível nos postos de saúde.
Atendimento no Centro de Diagnóstico Unimed Bauru
O Centro de Diagnóstico tem três andares, com 50 salas para realização de exames, além de espaço para recepção, preparo e espera. Para os beneficiários Unimed Bauru, o CDU traz agilidade e facilidade no atendimento, além de proporcionar um ambiente confortável, moderno e integrado.
